sábado, 4 de maio de 2024

sem título (5)


Se me falham naus, 
singro as folhas de um deus morto.
 
Ou, talvez, a primavera
amadureça nos espelhos:
meu minuto redime
infinitos impossíveis.

E, mesmo sem saber
quem tingiu de ferro a rosa,
sinto que a morte depura

palavras transitórias.

E respiro, todavia, meu amor
imortal, pétala, nuvem.

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